Também conhecido como cisto poplíteo, apresenta-se como um aumento de volume na região posterior do joelho. No caso dos adultos, geralmente há associação com lesões intra-articulares. As doenças associadas mais frequentes são as lesões meniscais e a osteoartrose. A prevalência é de 5% da população adulta, sendo maior em pacientes mais velhos.
O cisto de Baker é formado pela presença de uma conexão entre a articulação do joelho e uma bursa entre o músculo gastrocnêmio e o tendão do músculo semitendíneo permitindo o fluxo de líquido.
Nas crianças, esses cistos são assintomáticos, sendo achados de exame físico na grande maioria das vezes. Nos adultos, a presença do cisto de Baker pode aparecer como uma massa ou tumoração na região posterior do joelho, podendo causar dor e sensação de pressão, os sintomas são mais intensos na prática da atividade física ou ao estender o joelho. No entanto, a maioria das queixas clínicas não se relacionam ao cisto, mas sim, ao problema associado a ele.
Quando ocorre ruptura do cisto de Baker, o quadro clínico consiste em dor abrupta e intensa na região posterior do joelho e da panturrilha. Esse quadro muitas vezes se confunde com o diagnóstico de trombose venosa profunda. Em ambas as situações clínicas pode ocorrer aumento de volume e endurecimento da panturrilha.
Na grande maioria dos casos o cisto poplíteo não demanda tratamento. Devendo se priorizar a abordagem da lesão intra-articular associada. A ressecção isolada do cisto de Baker geralmente leva à recidiva da tumoração.
Dessa forma, quando optamos pelo tratamento conservador da lesão associada, o cisto de Baker é apenas observado. Nestes casos, pode-se ainda realizar aspiração e infiltração de corticosteróides como medida extrema para alívio da dor.
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